domingo, 26 de maio de 2013

Ao mais experiente cabe a iniciativa de reconciliar-se

Mestre Dikra, um Mestre Imutabilista que vivia na Chapada Diamantina, Baiana, e que primava pela Iluminação, realizava uma “Caminhada em Busca do Imutável de si Mesmo” com diversos amigos, no Caminho da Iluminação, pelos Santuários de Luz da região. Num determinado momento de tal movimento, anoitecia e tal Mestre, depois de esclarecê-los quanto à parte do Estado Onilaterativo de Ser, deixou seus Shelas em reflexão e afastou-se deles por alguns instantes. Assim, Mokril, um deles, sentou-se no ambiente de tal Santuário e, na medida que todos eles conversavam acerca do assunto, uns com os outros, ele se revelava como uma pessoa incompreensiva, pois, em suas reflexões demonstrava ressentimentos, rancores, mágoas e tudo que equivalha, para com outras criaturas, tanto presentes, quanto ausentes. Daí um dos aprendizes, Drobi, com o quê preocupado, procurou o Mestre, que neste momento estava contemplativo numa outra região da montanha, e quando o encontrou, na medida que noticiava a este o que presenciara, indagou-lhe:

- Mestre; enquanto aprofundamos o pensamento acerca do seu sermão de hoje, Mokril está deitado no Santuário, mas como sempre - não pára de se lamentar. Por que será Mestre?

O Mestre disse:
- Talvez seja porque ele está sentado no chão frio.

Drobi continuou:
- Ora Mestre se fosse por isso, bastava ele levantar-se.

Daí o Mestre consumou:
- É verdade; contudo, talvez o chão frio não o tenha maltratado o suficiente para ele tomar a iniciativa de se levantar e de fato fazê-lo.

Texto: Fundação Ocidemnte

domingo, 19 de maio de 2013

Alucinógenos, Toxicomania e Loucura

Dentre os gravames infelizes que desorganizam a economia social e moral da Terra atual, as drogas alucinógenas ocupam lugar de destaque, em considerando a facilidade com que dominam as gerações novas, estrangulando as esperanças humanas em relação ao futuro.

Paisagem humana triste, sombria e avassaladora, pelos miasmas venenosos que distilam os grupos vencidos pelo uso desregrado dos tóxicos, constitui evidência do engano a que se permitiram os educadores do passado: pais ou mestres, sociólogos ou éticos, filósofos ou religiosos.

Cultivado e difundido o hábito dos entorpecentes entre povos estiolados pela miséria econômica e moral, foi adotado pela Civilização Ocidental quando o êxito das conquistas tecnológicas não conseguiu preencher as lacunas havidas nas aspirações humanas—mais ampla e profunda integração nos objetivos nobres da vida.

Mais preocupado com o corpo do que com o espírito, o homem moderno deixou-se engolfar pela comodidade e prazer, deparando, inesperadamente, o vazio interior que lhe resulta amarga decepção, após as secundárias conquistas externas.

Acostumado às sensações fortes, passou a experimentar dificuldade para adaptar-se às sutilezas da percepção psíquica, do que resultariam aquisições relevantes promotoras de plenitude íntima e realização transcendente.

Tabulados, no entanto, programados por aferição externa de valores objetivos, preocuparam-se pouco os encarregados da Educação em penetrar a problemática intrínseca dos seres, a fim de, identificando as nascentes das inquietações no espírito imortal, serem solvidos os efeitos danosos e atormentadores que se exteriorizam como desespero e angústia.

Estimulado pelo receio de enfrentar dificuldades, ou motivado pela curiosidade decorrente da falta de madureza emocional, inicia-se o homem no uso dos estimulantes—sempre de efeitos tóxicos—, a que se entrega, inerme, deixando-se arrastar desde então, vencido e desditoso.

Não bastassem a leviandade e intemperança da maioria das vítimas potenciais da toxicomania, grassam os traficantes inditosos que se encarregam de arrebanhar catarmas que se lhes submetem ao comércio nefando, aumentando, cada hora, os índices dos que sucumbem irrecuperáveis.

A má Imprensa, orientada quase sempre de maneira perturbante, por pessoas atormentadas, colocada para esclarecer o problema, graças à falta de valor e de maior conhecimento da questão por não se revestirem os seus responsáveis da necessária segurança moral, tem contribuído mais para torná-lo natural do que para libertar os escravizados que não são alcançados pelos "slogans" retumbantes, porém vazios das mensagens, sem efeito positivo.

O cinema, a televisão, o periodismo dão destaque desnecessário às tragédias, aumentam a carga das informações que chegam vorazes às mentes fracas, aparvalhando-as sem as confortar, empurrando-as para as fugas espetaculares através de meandros dos tóxicos e de processos outros dissolventes ora em voga...

Líderes da comunicação? ases da arte, da cultura, dos esportes não se pejam de revelar que usam estimulantes que os sustentam no ápice da fama, e, quando sucumbem, em estúpidas cenas de auto-destruição consciente ou inconsciente, são transformados em modelos dignos de imitados, lançados como protótipos da nova era, vendendo as imagens que enriquecem os que sobrevivem, de certo modo causadores da sua desgraça...

Não pequeno número, incapaz de prosseguir, apaga as luzes da glória mentirosa nas furnas imundas para onde foge: presídios, manicômios, sarjetas ali expiando, alucinado, a leviandade que o mortificou...

As mentes jovens despreparadas para as realidades da guerra que estruge em todo lugar, nos países distantes e nas praias próximas, como nos intrincados domínios do lar onde grassam a violência, o desrespeito, o desamor arrojam-se, voluptuosas, insaciáveis, ao prazer fugidio, à dita de um minuto em detrimento, afirmam, da angustiosa expectativa demorada de uma felicidade que talvez não fruam...

Fixando-se nas estruturas mui sutis do perispírito, em processo vigoroso, os estupefacientes desagregam a personalidade, porquanto produzem na memória anterior a liberação do subconsciente que invade a consciência atual com as imagens torpes e deletérias das vidas pregressas, que a misericórdia da reencarnação faz jazer adormecidas... De incursão em incursão no conturbado mundo interior, desorganizam-se os comandos da consciência, arrojando o viciado nos lôbregos alçapões da loucura que os absorve, desarticulando os centros do equilíbrio, da saúde, da vontade, sem possibilidade reversiva, pela dependência que o próprio organismo físico e mental passa a sofrer, irresistivelmente...

Faz-se a apologia de uns alucinógenos em detrimento de outros e explica-se que povos primitivos de ontem e remanescentes de hoje utilizavam-se e usam alguns vegetais portadores de estimulantes para experiências paranormais de incursão no mundo espiritual, olvidando-se que o exercício psíquico pela concentração consciente, meditação profunda e prece conduz a resultados superiores, sem as conseqüências danosas dos recursos alucinatórios.

A quase totalidade que busca desenvolver a percepção extra-sensorial, através da usança do estupefaciente, encontra em si mesmo o substractum do passado espiritual que se transforma em fantasmas, cujas reminiscências assomam e persistem, passada a experiência, impondo-se a pouco a pouco, colimando na desarmonização mental do neófito irresponsável. Vale, ainda, recordar que, adversários desencarnados, que se demoram à espreita das suas vítimas, utilizam-se dos sonhos e viagens para surgirem na mente do viciado, no aspeto perverso em que se encontram, causando pavor e fixando matrizes psíquicas para as futuras obsessões em que se repletarão emocionalmente, famílias da infelicidade em que se transformam.

A educação moral à luz do Evangelho sem disfarces nem distorções; a conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e a orientação com bases na responsabilidade; as disciplinas morais desde cedo; a vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição fraternal constituem antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos—auto-flagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais do amor e da verdade pelos comportamentos irrelevantes quão insensatos da frivolidade.

O problema, portanto, é de educação na família cristianizada, na escola enobrecida, na comunidade honrada e não de repressão policial...

Se és jovem, não te iludas, contaminando-te, face ao pressuposto de que a cura se dá facilmente.

Se atravessas a idade adulta, não te concedas sonhos e vivências que pertencem à infância já passada, ansiando por prazeres que terminam ante a fugaz e enganosa durabilidade do corpo.

Se és mestre, orienta com elevação abordando a temática sem preconceito, mas com seriedade.

Se és pai ou mãe não penses que o teu lar estará poupado. Observa o comportamento dos filhos, mantém-te, atento, cuida deles desde antes da ingerência e do comprometimento nos embalos dos estupefacientes e alucinógenos, em cuja oportunidade podes auxiliá-los e preservá-los.

Se, porém, te surpreenderes com o drama que se adentrou no lar, não fujas dele, procurando ignorá-lo em conivência de ingenuidade, nem te rebeles, assumindo atitude hostil. Conversa, esclarece, orienta e assiste os que se hajam tornado vitimas, procurando os recursos competentes da Medicina como da Doutrina Espírita, a fim de conseguires a reeducação e a felicidade daqueles que a Lei Divina te confiou para a tua e a ventura deles.

Texto psicografado por Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis

domingo, 12 de maio de 2013

Santificação Maternal

Quando percebeste as sublimes vibrações da maternidade no teu seio, foste tomada pela aflição, considerando-se a magnitude do evento para o qual não te sentias preparada.

Não desejavas um filho, nem esperavas que o incidente sexual de que participaste, resultasse na concepção...

De imediato surgiu-te a ideia infeliz do aborto criminoso como solução para o que se te apresentava como problema desafiador.

Anelavas por um futuro rico de oportunidades e de triunfos, o que então se tornaria difícil em razão da presença do filhinho não programado e que nasceria em circunstâncias desfavoráveis.

Quando comunicaste ao companheiro responsável pela tua gravidez, de maneira cruel e cínica, ele escusou-se a qualquer responsabilidade, informando que eras adulta e conhecias os métodos impeditivos da concepção, havendo-te permitido a fecundação com intenções secundárias e infamantes...

A seguir, desapareceu da tua existência, deixando-te abatida e insegura, dominada pelo medo de enfrentar a família e a sociedade que te não compreenderiam a conduta.

Felizmente, na circunstância aflitiva, resolveste buscar refúgio na oração em que leniste a alma sofrida, tomando a decisão de prosseguir corajosamente.

Aqueles eram dias de muita hipocrisia e intolerância.

Nada obstante, aceitaste o desafio, pagando o preço da atitude impensada, quando te facultaste a comunhão sexual irresponsável, e enfrentaste todos os empecilhos que se te apresentaram...

...E renasceu nos teus braços o anjo filial que santificou a tua maternidade.

Embora as dificuldades que advieram, os sacrifícios que te impuseste na condição de mãe solteira e solitária, conseguiste avançar com decisão, amparando o filhinho amado que se transformou na razão mais nobre da tua atual existência.

Transformaste as noites insones ao seu lado febril em experiências de iluminação, entregue ao desvelo e à meditação.

Acompanhaste todos os teus passos inseguros e tentativas de crescimento, oferecendo-lhe ternura, autoconfiança e amor.

O tempo transcorreu lento, mas feliz.

Hoje, quando recordas a jornada vivenciada, emocionas-te e agradeces a Deus haver-te concedido a bênção da maternidade, que soubeste santificar através do amor e da abnegação.

Nunca te arrependeste da decisão de tornar-te mãe.

Aureolada pelos júbilos do dever cumprido, sorris, jubilosamente, e, ditosa, bendizes o filhinho que se transformou em cidadão e ao teu lado está construindo o mundo novo de esperanças e realizações edificantes pelo qual todos lutamos.

Deus te abençoe, mãe abnegada e feliz!

A maternidade, em qualquer circunstância em que se apresente, é dádiva sublime do amor de Deus para todas as criaturas.

Por mais perversa apresente-se a situação em que se concebeu, jamais se permita o aborto criminoso, ceifando a vida do ser inocente que necessita experienciar a oportunidade de crescimento para Deus e para si mesmo.

Ser mãe é tornar-se cocriadora com a Divindade, em sublime oportunidade de santificação.

Viver, portanto, a maternidade em todas as suas expressões, é conquista sublime da criatura humana no seu processo antropopsicológico da evolução.

Texto de Amélia Rodrigues através da psicografia de Divaldo Franco

domingo, 5 de maio de 2013

Meditação com Divaldo Franco

Em homenagem ao aniversariante do dia de hoje, o Paulo de Tarso dos nossos dias, posto uma meditação profunda onde veremos Jesus. Tenhamos fé.