É evidente que, se você pertence à determinada religião, terá que respeitar as regras estabelecidas – judeus e muçulmanos, por exemplo, não comem carne de porco, e neste caso trata-se de uma prática que faz parte da fé. Entretanto, o mundo está sendo inundado por uma onda de “purificação” através da comida: os vegetarianos radicais olham as pessoas que comem carne como se fossem responsáveis pelo assassinato de animais.
Ora, as plantas também não são seres vivos? A natureza é um constante ciclo de vida e morte, e algum dia seremos nós quem iremos alimentar a terra – portanto, se você não pertence a uma religião que proíba determinado alimento, coma aquilo que seu organismo pedir. Quero lembrar aqui a história do mago russo Gudjeff: quando jovem, foi visitar um grande mestre, e para impressioná-lo comia apenas vegetais.
Certa noite, o mestre quis saber por que tinha uma dieta tão rígida, e Gurdjeff comentou: “para manter limpo o meu corpo”. O mestre riu, aconselhando-o imediatamente a parar com essa prática: se continuasse assim, ia terminar como uma flor na estufa – muito pura, mas incapaz de resistir aos desafios das viagens e da vida. Como dizia Jesus: “o mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem”.
Disponível em: http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2010/11/29/das-armadilhas-da-busca-2/
O que acham?
Caro Ivan, esse curioso texto me reportou a um artigo de capa da Revista Super Interessante intitulado “Deveríamos parar de comer carne?” (Edição 175 – Abril/2002). Na reportagem havia um trecho intrigante que dizia: “[...] Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas, religiosas [...] Agora é com você. O que vai ser? Brócolis ou Cheeseburger? [...]”.
ResponderExcluirSalve, Jorge!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Eu não li esse materia que você cita acima, mas concordo com o fragmento que citou. No nosso caso estamos falando mais diretamente, talvez, das questões religiosas e filosóficas da carne.
Perguntado sobre o assunto no "Pinga-Fogo", Chico Xavier coloca que "A maioria de nós ainda necessita da carne. Para dispensarmos esse tipo de concurso dos animais precisamos tempo para que a nossa reencarnação possa produzir os valores aos quais fomos chamados e, para isto, precisamos de saúde e robustez material"
Abraço!
Comer carne nunca foi pecado... pois se fosse os bichos seriam castigados.....
ResponderExcluirP.S: deus não castiga nada!
rsrsr
Olha o homem ainda não evoluiu organicamente ( que dirá moralmente) para deixar de comer carne.
Gostei da postagem .... parabéns
Amigo(a) VVVV,
ResponderExcluirVocê tocou no ponto principal, a evolução moral e orgânica.
Que bom que gostou da postagem!
Grande abraço.
Oi Ivan acredito que ainda necessitamos comer carne pois ainda não somos suficientimente evoluidos para isso.
ResponderExcluirMais tem muitas pessoas que por questão de escolha de vida deixam de comer carne e só comem vegetais e carne branca, mais na minha opinão elas não deixam de comer carne pois carne branca ainda sim é de um animal.
Texto intrigante, assunto intrigante. Sempre pensei em um dia me tornar vegetariana pois não me agrada saber que para nos alimentarmos um ser vivo tem que sofrer, que é o que acontece em nosso mundo, o homem não respeita os animais e implica à eles qualquer experiência, efeitos à seu bel prazer. Adoro ser instigada e cutucada a aprender, e você me cutucou a aprender mais sobre isso, para também não ter opinião sem embasamento e acabar emitindo idéias preconceituosas. Parabéns.
ResponderExcluirOi Aline! Obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirNa verdade a pessoa que deve escutar os agradecimentos é Paulo Coelho. Peguei o texto no blog dele.
É como Jorge Amaral comentou acima. Decidir o que comer parece ser uma decisão simples, mas envolve fatores diversos e, algumas vezes, nem sabemos o motivo de comer ou não comer carne.
Abraço,