domingo, 22 de setembro de 2013

Perdoai

Façamos uma reflexão em torno dos objetivos essenciais da nossa existência na Terra, perguntando de maneira profunda e significativa: que queres que eu faça, Senhor?

Quando Ele apareceu às portas de Damasco ao inimigo, a sua pergunta foi caracterizada pela ternura: Saulo, Saulo, porque me persegues?

Quantas vezes estaremos repetindo essa mesma pergunta porque a dor agasalhou-se em nosso coração, porque o sofrimento tomou conta do país da nossa alma.

Saulo, no entanto, teve a sabedoria de contra-interrogar ao Senhor.

Era o servo que encontrava seu amo, o escravo que encontrava o seu Senhor.

Que queres que eu faça?

Ele respondeu: vá a Damasco e ali te dirão o que deves fazer.

Damasco, filhos da alma, é a província da nossa consciência.

Sigamos em direção da nossa consciência e descubramos o que nos é lícito fazer, diante dos desafios que se encontram à nossa frente.

Jesus veio para que tivéssemos vida e vida em abundância.

E nos ofereceu em holocausto a Sua vida.

Não temas aquele que permanece no mal.

Não vos pode fazer mal algum, se não aceitardes o desafio do seu atrevimento.

Com Jesus aprendei a permanecer no bem.

A dor que a todos nos assalta é nada mais do que um acidente de percurso induzindo-nos ao amadurecimento espiritual.

Sem qualquer masoquismo, bendigamos a dor libertadora que demonstra a fragilidade do corpo no qual estais e a debilidade das forças morais que a todos nos caracteriza.

Somos da Divina Luz gerados.

Permitamos que o Deus interno expanda-se e consiga vencer todas as trevas.

Ide e amai!

Parti daqui com a alma referta de esperança e perdoai! Mesmo àquele que parece não ser credor do perdão, perdoai, porque a vós fará bem.

A Justiça Divina, a seu modo e termo, realizará a retificação do infrator. Mas a vós, a nós, cabe perdoar sempre e incessantemente.

Os espíritos espíritas que aqui se encontram em nome da brasilidade espiritual, enternecidos, distribuem energias saudáveis por sobre todos vós que nos ouvistes onde quer que estejais e que acompanhais este momento de clausura de mais uma etapa que oferece iluminação para as consciências saírem daqui modificadas pelo Espírito do Cristo, vós que tendes a honra e a glória de conhecer Jesus.

E quando alguma noite vos parecer excessivamente tempestuosa, buscai a Estrela de primeira grandeza que é Jesus e segui o seu rumo, para que no término Ele passe a viver em vós.

Muita paz, filhos da alma!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.
Muita paz.

(Mensagem psicofônica do espírito de Bezerra de Menezes através do médium Divaldo Pereira Franco no encerramento da 60ª Semana Espírita de Vitória da Conquista/BA em 08/09/2013)

domingo, 15 de setembro de 2013

Não canse quem te quer bem...

Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar.

Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar.

Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive-o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.”

Texto de Martha Medeiros

domingo, 8 de setembro de 2013

Espiritualidade se mostra no dia-a-dia

O que é a iluminação?

Para alguns um processo místico que ocorre quando a energia representada por uma Serpente e conhecida como Kundalini é desperta e sobe pela coluna vertebral atingindo o Sahashara Chakra, localizado no topo de nossa cabeça. Esta Kundalini está localizada no Muladhara Chakra que é nosso centro energético localizado próximo a base de nossa coluna.

Para outros um processo endócrino pela liberação de um hormônio pela glândula Pineal. Segundo o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em seu estudo sobre a pineal, chegou à seguinte conclusão: "A pineal é um sensor capaz de ver o mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica. É uma glândula, portanto, que 'vive' o dualismo espírito-matéria".

Mas independente do que acreditamos ser o estágio final da iluminação e como ele ocorre, estive pensando sobre o processo, a busca. Para que nós buscamos a iluminação?

Para estarmos em estado de consciência elevada, certo? Estado este conhecido como Samadhi, estado Búdico, Nirvânico, de Consciência Crística ou, como citado no Livro de Alexandre Campelo: “Jesus, o Cristo Yogue”, o estado de Kutastha Chaitanya (Kutastha = o que está em cima, no cume, na cúspide, situado no alto. + Chaitanya = espírito, inteligência, pureza).

Mas para que serve este estado se não para ajudar as pessoas? Será que todos que buscam este estado de supra-consciência sabem que este caminho é difícil, exige disciplina, auto-observação, é trilhado sozinho mas ao atingí-lo o resultado deixa de ser individual e passa a ser coletivo?

O que fizeram alguns seres citados a seguir, dos inúmeros iluminados que já estiveram entre nós, senão ajudar outras pessoas a encontrar este mesmo caminho: Sidarta Gautama, Jesus Cristo, Paramahansa Yogananda, Swami Shankaracharya, Lahiri Mahasaya, Swami Vivekananda, Swami Sivananda, Yukteswar, Moisés, Lao Tsé, Confúcio, dentre outros.

Através de meus estudos sobre a vida, por enquanto, de Sidarta Gautama e de Jesus Cristo, tenho a convicção que a espiritualidade de uma pessoa se mostra no dia-a-dia, nos relacionamentos, nas reações diante das adversidades, nas atitudes e nos gestos. Por isso que considero o estado de iluminação como um resultado coletivo, pois quando você muda seu comportamento, suas atitudes, seus gestos e neles só existem amor, respeito e gratidão, você transforma o ambiente e as pessoas que estão ao redor. Pois de nada adianta ser uma pessoa “espiritualizada” dentro de uma sala ou em um parque durante um processo meditativo e ao término voltar “ao mundo” mantendo suas atitudes grosseiras e seus relacionamentos conturbados.

Fica claro para mim que o processo de meditação nada mais é que uma base, um alicerce. Meditamos para que possamos aquietar nossa mente e despertar a nossa consciência, nos aproximando assim de nossa essência, do sagrado que há em cada um de nós. E finalizando o processo meditativo em sala, precisamos manter este estado meditativo em nosso dia-a-dia, não com os olhos fechados e em postura meditativa, mas em nossos relacionamentos, nas atitudes, nos gestos.

Autor: Glauco Tavares
Disponível em: http://glaucotavares.blogspot.com.br/2009/03/espiritualidade-aparece-no-dia-dia.html

domingo, 1 de setembro de 2013

Caso Verídico – Chico Xavier / Bezerra de Menezes

O mais bonito, não eram apenas as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas anônimas que ele realizava pela madrugada, quando saía sozinho para levar seu conforto moral à famílias doentes, a pessoas moribundas, às vezes acompanhado por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já portava alguns problemas de saúde, mas sem que ninguém o soubesse.

Ali estava a maior antena paranormal da humanidade dos últimos séculos, apagando este potencial para chorar com uma família que tinha fome.

Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra. Iam ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade. À medida que eles aumentavam a freqüência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos.

O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.

Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada; decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades.

Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem algumas bilhas com água, que ele iria magnetizá-las para serem distribuídas, havendo, ao menos, alguma coisa para dar. Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido.

Esse adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte. Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados.

"Lá vem o Chico, dona Luíza" – gritaram e ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada), pretendeu explicar a ocorrência. Levantou-se e falou:

- "Meus irmãos, hoje nós não temos nada" – e narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse:

" – Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa. Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus."

Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou:

- "quem é Chico Xavier?"

Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico recordava-se de um certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objeto.

Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados – ainda não havia o denominado Correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas – e Chico compadeceu-se muito da angústia do casal.

Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem. Então o cavalheiro disse-lhe:

"- Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta comunicação?"

Chico explicou-lhe:

" – É natural esse fenômeno, graças ao venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim", e deu-lhe uma idéia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas.

O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida.

Foi quando o motorista lhe narrou:

- "Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado. Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava.

" – Estou procurando o Sr. Chico Xavier" – respondi.

" – Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou" – respondeu-me.

" – E qual o seu nome?" – indaguei, e ele respondeu " – Bezerra de Menezes".