Sempre existiu na humanidade a certeza de que o mundo se acabaria como uma forma de castigo à humanidade por não estar correspondendo aos anseios, vontades, desígnios de Deus. As religiões se incumbiram de transformar em realidade fatos mitológicos, como instrumento de intimidação, consequentemente de domínio. Domínio pelo medo. Permanece no imaginário, no inconsciente coletivo de todos a punição a Prometeu, personagem mítico grego, por ter roubado do Olimpo, de Zeus, o fogo da liberdade, do conhecimento. Sentenciado ao sofrimento eterno, tem o seu fígado devorado pela manhã por uma águia e reconstituído à noite para, no dia seguinte, começar tudo de novo.
Infelizmente, muitos espíritas também embarcam nessa história, só faltam falar, como verdade, do arrebatamento bíblico, onde os “bons” desaparecerão, sumirão e aqui na Terra ficarão os “maus” para sofrerem as intempéries da vida, dos desastres, das catástrofes. Ora, ora, imaginar tal crueldade de Deus é, no mínimo, imaginá-Lo como Zeus, perverso, cruel e não o Amor como João o conceituou. Pena que muitos pregadores religiosos tentam justificar o natural dos processos humanos como o fim de tudo, transição para a reconciliação. Bobagens.
Os habitantes da Terra sempre estiveram à mercê dessas “profecias”, esperando o momento de tal transição. A verdade é que ela se dá naturalmente, sem a intervenção de qualquer “ira” divina, pois não se trata de vingança, mas de graduação evolutiva.
Fico imaginando o que disseram os religiosos sobre o Vesúvio e Pompeia; sobre a peste negra que dizimou um terço da população da Europa; da gripe espanhola que matou entre oitenta e cem milhões de pessoas, mais do que as duas grandes guerras juntas; os terremotos na China, no século XVI, que mataram cerca de 900 mil pessoas; na Índia do século XVII foram mais de 300 mil. Sem falar, naturalmente, dos grandes desastres sem registros.
Quebremos, portanto, essa lenda do fim de mundo, de eleição dos escolhidos com os gáudios da vida eterna e aos desertores do “bem”, o suplício das enchentes, dos tsunamis, terremotos. Chega a ser cruel com todos os seres humanos decentes, famílias inteiras que porventura morreram e morrem nesses naturais desastres que permeiam a Terra por contingências inerentes a este habitat de todos nós.
Não sejamos arrogantes a ponto de acharmos que somos os escolhidos e aqueles que morreram e morrem nessas situações de tragédias estão “pagando” pelos seus desatinos. É difamação contra milhares de pessoas, repito que, centenas delas, sem dúvida alguma, pela probabilidade, guardaram as suas vidas pautadas na ética e na moral, por que não?!
A Terra prosseguirá o seu trajeto evolutivo e manterá o seu desiderato de acordo com a sua própria estrutura constitutiva, ou reagindo, em caso de enchentes, à indevida ocupação do homem sobre seus espaços.
Deus não é Zeus, nem um ser, já sabemos “é uma inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”, então, não se vinga.
Autor: José Medrado - Fundador e Presidente do complexo Cidade da Luz
Infelizmente, muitos espíritas também embarcam nessa história, só faltam falar, como verdade, do arrebatamento bíblico, onde os “bons” desaparecerão, sumirão e aqui na Terra ficarão os “maus” para sofrerem as intempéries da vida, dos desastres, das catástrofes. Ora, ora, imaginar tal crueldade de Deus é, no mínimo, imaginá-Lo como Zeus, perverso, cruel e não o Amor como João o conceituou. Pena que muitos pregadores religiosos tentam justificar o natural dos processos humanos como o fim de tudo, transição para a reconciliação. Bobagens.
Os habitantes da Terra sempre estiveram à mercê dessas “profecias”, esperando o momento de tal transição. A verdade é que ela se dá naturalmente, sem a intervenção de qualquer “ira” divina, pois não se trata de vingança, mas de graduação evolutiva.
Fico imaginando o que disseram os religiosos sobre o Vesúvio e Pompeia; sobre a peste negra que dizimou um terço da população da Europa; da gripe espanhola que matou entre oitenta e cem milhões de pessoas, mais do que as duas grandes guerras juntas; os terremotos na China, no século XVI, que mataram cerca de 900 mil pessoas; na Índia do século XVII foram mais de 300 mil. Sem falar, naturalmente, dos grandes desastres sem registros.
Quebremos, portanto, essa lenda do fim de mundo, de eleição dos escolhidos com os gáudios da vida eterna e aos desertores do “bem”, o suplício das enchentes, dos tsunamis, terremotos. Chega a ser cruel com todos os seres humanos decentes, famílias inteiras que porventura morreram e morrem nesses naturais desastres que permeiam a Terra por contingências inerentes a este habitat de todos nós.
Não sejamos arrogantes a ponto de acharmos que somos os escolhidos e aqueles que morreram e morrem nessas situações de tragédias estão “pagando” pelos seus desatinos. É difamação contra milhares de pessoas, repito que, centenas delas, sem dúvida alguma, pela probabilidade, guardaram as suas vidas pautadas na ética e na moral, por que não?!
A Terra prosseguirá o seu trajeto evolutivo e manterá o seu desiderato de acordo com a sua própria estrutura constitutiva, ou reagindo, em caso de enchentes, à indevida ocupação do homem sobre seus espaços.
Deus não é Zeus, nem um ser, já sabemos “é uma inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”, então, não se vinga.
Autor: José Medrado - Fundador e Presidente do complexo Cidade da Luz
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