domingo, 1 de julho de 2012

A FELICIDADE DE BEZERRA DE MENEZES

(Diálogo entre Divaldo Franco e Bezerra de Menezes)

Um dia perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual. Ele respondeu-me:

- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo e, tocando-me, falou suavemente:

- Bezerra. Acorde, Bezerra!

Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.

- Minha filha, é você, Celina?!

- Sim, sou eu, meu amigo. A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.

- Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora. Então, Celina, me disse:

- Venha ver, Bezerra.

Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi meu filho, uma multidão que me acenava com ternura e lágrimas nos olhos.

- Quem são, Celina? - perguntei-lhe - não conheço a ninguém. Quem são?

- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...

E o Dr. Bezerra concluiu:

- A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxuga­mos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.

Extraído do Livro “O Semeador de Estrelas” de Suely Caldas Schubert

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