Ingredientes:
1 xícara de amizade
2 xícaras cheias de compreensão
200g de paciência
1 xícara de humildade
1 copo grande, transbordando, de alegria
1 pitada de bom humor
1 colher de fermento de personalidade cristã
Preparo:
Meça as palavras cuidadosamente. Acrescente compreensão, humildade e paciência, misturando tudo com muito amor. Não deixe esfriar. A temperatura ideal é a do coração. Acrescente os outros ingredientes e espere o fermento agir.
A receita não falha. Se alguém não gostar é porque tem o paladar estragado e precisa consultar o quanto antes o Médico chamado JESUS CRISTO.
Modo de servir:
Divida o panetone em 365 porções para que você e todos os que você ama possam todos os dias do próximo ano saboreá-lo.
Observação importante:
Esta receita não deve ficar guardada. Ela deve ser compartilhada com amigos e vizinhos.
Enviado por Edvaldo Cesar.
Desejo a todos um Natal de luz, paz e reflexões sobre a mensagem trazida pelo aniversariante, Jesus.
Grande beijo!
Vamos compartilhar esta receita??
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Mito: Deus é sacrifício
Muita gente busca o caminho do sacrifício, afirmando que devemos sofrer neste mundo, para ter felicidade no próximo.
Ora, se este mundo é uma benção de Deus, por que não saber aproveitar ao máximo as alegrias que a vida dá?
Estamos muito acostumados com a imagem de Cristo pregado na cruz, mas nos esquecemos que sua paixão durou apenas três dias: o resto do tempo passou viajando, encontrando as pessoas, comendo, bebendo, levando sua mensagem de tolerância.
E tanto foi assim que seu primeiro milagre foi “politicamente incorreto”: como faltou bebida nas bodas de Caná, ele transformou água em vinho.
Fez isso, no meu entender, para mostrar a todos nós que não existe nenhum mal em ser feliz, alegrar-se, participar de uma festa – porque Deus está muito mais presente quando estamos juntos dos outros.
Maomé dizia que “se estamos infelizes, trazemos também infelicidade aos nossos amigos”.
Buda, depois de um longo período de provação e renúncia, estava tão fraco que quase se afogou; quando foi salvo por um pastor, entendeu que o isolamento e o sacrifício nos afastam do milagre da vida.
Autor: Paulo Coelho
Disponível em: http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2010/11/30/das-armadilhas-da-busca-3/
Concordam com a visão de Paulo Coelho? Opinem!
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Carma não é coisa de se merecer, é de se aceitar.
Ela chegou, sentou e chorou. Sofria brutalmente a morte do marido, companheiro presente e amoroso por quinze anos. Uma doença daquelas rápidas o levou em menos de três meses, sem muito espaço para sofridas despedidas. Buscando se recompor e se recuperar, ela soltou o comentário que motiva a comovida escrita dessa coluna: "eu não merecia... merecia?"
Claro que não. Mãe dedicada, ser humano bondoso, companheira leal, amiga querida, como podia ela merecer algo assim? Ela não merecia. Nem ela, nem ninguém! Por isso o carma não é coisa de se merecer, é de se aceitar. A diferença é enorme, a distribuição de culpa também. O carma não é "fim", ele não está no desfecho ou encerramento de qualquer história, ele é "meio", se apresenta pelo caminho e exige um repensar da conduta.
Se olharmos para os momentos mais intensos de decisão cármica como uma secreta força esfaceladora dos destinos humanos, terrível machado amputando nossos sonhos, é porque nossa lógica segue princípios diferentes dos que regem à evolução dos planos cósmicos. Carma não é demolição, absurdo ou dor gratuita. É difícil admitir, requer uma compreensão que mude diametralmente a maneira de encarar a realidade, mas ele é um convite ao crescimento.
Com muita paciência procurei mostrar isso para a minha cliente pesarosa. Meu trabalho era, sobretudo, explicar a inutilidade da raiva, a necessidade da tolerância. Vê-la sair reerguida, pronta para acudir duas filhas ainda bastante jovens, reconfortou-me naquele maremoto de dor e perplexidade.
Havia alguma outra possibilidade? Outra conduta a adotar? Não. Maturidade é perceber exatamente a inutilidade do drama, compreender a ineficácia da revolta. Nossa perspectiva de evolução cósmica é muito inicial. Nossa realidade esotérica é frágil. Estamos numa emanação cheia de provação e angústia. Evoluir é soltar o nó da ira, adotar uma posição de serenidade diante do amargor da experiência vivida cotidianamente.
Naquela manhã, tocada pela dor da minha cliente, rezei para ela e para todos - especialmente os cheios de soberba, os que se acreditam invencíveis, os que se enxergam imortais, os que se acham intocáveis. Olhando pela janela, senti, quase fisicamente, a pulsação do carma sobre tudo e todos. Como se conduzir com sabedoria? Fortalecendo no coração a humildade... apenas isso.
Texto: Marina Gold
Colaboração: Alyne Cosenza
Concordam com a visão de Marina? Opinem!
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Marina Gold
domingo, 21 de novembro de 2010
A ERA DO ESPÍRITO
Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus! Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo, bênçãos de paz para todos.
Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos.
Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.
Bezerra
Comunicação psicografada por Divaldo Pereira Franco, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes.
Estamos preparados para a chamada ERA DO ESPÍRITO?
Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos.
Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.
Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam, movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina.Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.
O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos cinquenta anos já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.
Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade.
Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.
A atual Humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes.
Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira.
Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas.
Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração.
A massa humana de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de cinquenta anos, mas os guardiões da Terra estarão a postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os á transformação para o bem.
É a era do espírito, anunciada a clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além, quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.
Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias.
Revelou planos de Jesus relacionados à cristianização dos homens. Ao final da abençoada assembleia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade.
Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio.
Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos.
Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos "ais" apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.
Assim, irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante.
Não repitam a experiência da mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões.
Façam brilhar a própria luz, meus filhos! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre!
Bezerra
Comunicação psicografada por Divaldo Pereira Franco, de autoria espiritual de Bezerra de Menezes.
Estamos preparados para a chamada ERA DO ESPÍRITO?
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A Reflexão II
Quanto vive o homem, afinal?
Vive mil anos ou um só?
Vive uma semana ou vários séculos?
Por quanto tempo morre o homem?
O que significa para sempre?
Pablo Neruda
Viu os questionamentos do chileno? Poderia nos ajudar nas "respostas"? Opine.
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domingo, 31 de outubro de 2010
FAMÍLIA
Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela. Fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vem a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo! Agora ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar, tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Meuniere; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia-a-dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
Autor: Francisco Azevedo
Texto enviado por Jorge Amaral Acha necessário acrescentar algo na sua receita ou está satisfeito com a família que escolheu? Aprecie sem moderação!
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Francisco Azevedo
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O COMPLEXO DE JONAS
Jonas é aquele que foi chamado um dia: “Meu filho, desperta e vai para Nínive, a cidade grande. Lá crianças estão matando crianças, jovens matam pessoas dormindo de madrugada, pais não estão nem aí com relação à juventude, todo mundo está pensando só em si... Vai para Nínive; lá a velhacaria é consagrada, os velhacos são aqueles que têm sucesso; uma pessoa pura, inocente, em Nínive, se falar num meio político, por exemplo, vai ser ridicularizada; uma pessoa honesta, pura, de bons sentimentos é motivo de riso... tem que ser esperta, tem que ser velhaca. Jonas, vai para Nínive, porque lá um jovem, se quiser demonstrar que tem um coração bom, se quiser ser bondoso, generoso, vai ser ridicularizado; tem que dar porrada! Jonas, vai para Nínive, porque esse povo está perdido; 40 dias mais e não haverá mais Nínive!” Vocês notam que essa é uma mensagem muito atual. E Jonas foi para Nínive? Não! Ele pegou um barco, mas foi para um Társis, um local tranquilo. Isso mostra, como nós temos uma tendência a fugir de nossas missões. Primeiro, há uma consciência interna que nos desperta, que nos coloca de pé. Pode ser uma crise, pode ser um terremoto, pode ser uma perda... há um momento em que você fica de pé. Porém, há sempre um convite sedutor da covardia e Jonas foge da sua própria promessa e, então, vem uma grande tempestade. Isso nos ensina que, quando você foge do seu próprio caminho atrairá tempestades; não só para você, também para as pessoas que estão ao seu lado.
A doença não é ruim; se você a escuta ela se torna um texto sagrado a ser interpretado. Ela tem uma mensagem: a doença é um fax que você recebe e que diz: “Você se desviou do seu caminho”. Eu levei muitos anos para aprender isso: quando nos desviamos do nosso caminho nós atraímos doenças, acidentes, nós atraímos infelicidade. Acontece que vivemos num momento tão perdido que dizemos "tomou doril..." Não interpretamos e o telefone continua tocando; às vezes em outros números até que pode ficar tarde demais. Então, Jonas que estava dormindo no porão do navio, novamente foi colocado de pé pelo capitão que indaga por que ele não está clamando por seu Deus, como todos os outros. Jonas era um fujão, mas era, também, um homem sincero que me faz lembrar o poeta Omar Khayyan que inicia o seu Rubaiyat dizendo: "Todos sabem que meus lábios nunca murmuraram uma oração. Não procurei nunca dissimular os meus pecados.
Ignoro se existem realmente uma Justiça e uma Misericórdia. Mas, se existem, não desespero delas: fui sempre um homem sincero.” Quem pode dizer isso? Jonas foi sincero e disse : “Eu sou a contradição, eu estou fugindo do meu Deus, estou fugindo da minha palavra, estou fugindo da minha voz mais profunda. Podem me atirar no oceano que a tempestade vai amainar.” Mas, os homens eram generosos e primeiro tiraram a sorte que apontou para Jonas.
O que é sorte? É o que Jung chama de sincronicidade, mas os antigos, chamavam de sinais: eles ouviam o trovão, eles ouviam a coruja que pia, eles ouviam a pedra no meio do caminho, porque sabiam que faziam parte do Universo. Sabiam que eles não eram destacados do Universo e nós perdemos essa orientação, essa consciência de participação. Tornamo-nos pobres diabos jogados num mundo sem sentido... É isso que o normótico crê de si mesmo. Portanto, Jonas mergulha no oceano. Esse é um outro ensinamento muito importante; como dizia um grande sábio, mestre Eckart, diante da Inquisição: “Eu posso me enganar mas eu não posso mais mentir”. Há um momento em que você não pode mais mentir, você vai sofrer tanto, vai atrair tanta tempestade, que você vai resolver mergulhar mais cedo ou mais tarde, um dia todos nós mergulharemos no poço de nós mesmos. E aí, Jonas terminou no ventre do grande peixe e lá ele de novo disse: “Eu vou para a minha batalha, eu juro de novo, eu faço solene promessa”.
Esses textos são muito antigos e são muito atuais, são muito contemporâneos. Em seguida, quero apenas ilustrar um pouco, através de alguns riscos, esse oceano onde Jonas mergulhou, esse poço que podemos chamar de ser humano.
CREMA, Roberto. Novo milênio, nova consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2006.
E nós? Estamos buscando ajudar Nínive ou buscando um Társis?
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Roberto Crema
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
O que é um ser humano?
Nós não sabemos o que é um ser humano pleno. Não sei se vocês já conheceram um ser humano pleno, inteiro, verdadeiro. Eu receio ter que dizer que o ser humano nesse momento é uma grande utopia, não no sentido do irrealizável, no sentido do irrealizado ou ainda não realizado, aquilo para o qual não há espaço.
E aí, o que é um ser humano? Seremos um desses?
O que é um ser humano? O ser humano é uma promessa. Os antigos diziam que o ser humano ainda não nasceu, que nós somos uma possibilidade. O ser humano é um potencial de florescimento. Se nós investirmos na dimensão do coração, na dimensão da alma, poderemos nos tornar seres humanos plenos. Porém, temos feito isso? Quando é que eu inclinei meu coração para aprender, aprender realmente quem sou e comprar uma briga, nadar contra a correnteza muitas vezes. Porém, quando você se coloca no seu caminho, que é o caminho da sua promessa, o caminho com coração, então o mistério conspira por você e você evolui de uma existência perdida, alienada, para uma existência escolhida, ofertada. Portanto, essa é uma grande pergunta: "O que é o ser humano”? E antes de falar sobre a questão específica da liderança, eu gostaria de fazer uns traços a título de indicação e, inspirando-me nesse grande irmão, Jean-Yves Leloup, para falar de algumas visões do ser humano. Não é possível saber o que é liderança, nem o que é educação, nem o que é saúde, se nós não esclarecermos nossos pressupostos antropológicos, ou seja, a visão que postulamos do ser humano porque é a partir dessa visão que diremos o que é saúde, o que é patologia, o que é uma liderança efetiva, o que é excelência humana e o que é miséria humana.
Até onde eu posso enxergar, existem 3 tipos de seres humanos:
- Aqueles que nascem e morrem piores do que nasceram - são os degenerados;
- Aqueles que nascem e morrem como nasceram - são os que mantiveram a saúde; e
- Aqueles que nascem e se tornam quem eles são, assim como uma flor se torna uma flor, uma mangueira se torna uma mangueira - são os que aceitaram o desafio da evolução.
Quando perguntaram para Krishnamurti - que foi um ser humano pleno! - “Por que você ensina?”, ele respondeu: “Por que um pássaro canta?”. Eu gosto muito da provocação e sempre lembro de Abrahan Maslow, um dos pais da psicologia humanística, que dizia: "Num certo sentido, apenas os santos são a humanidade”. O resto não deu certo. Quer saber o que é um ser humano? Estude os santos, não apenas os da tradição católica; também os da tradição hindu, taoísta, xamanística, da tradição sufi, todas as tradições; e os agnósticos também (os santos sem tradição). É preciso estudar seres humanos que deram certo. E aí, lembro-me sempre dessas palavras de Teresa de Calcutá: "Santidade não é um privilégio de poucos, é uma necessidade de cada um de nós". E digo mais; nesse momento é uma obrigação de cada um de nós! Acontece que projetamos o nosso potencial em algumas pessoas especiais, o que os antigos e o próprio Maslow chamavam de complexo de Jonas, que o Jean-Yves Leloup interpreta tão bem no seu livro "Caminhos da realização". Jonas, em hebraico, significa a pomba das asas cortadas. Jonas é esse ser que nos habita e que tem medo de ser quem ele é, que tem medo de atender ao chamado. Os antigos estudavam os personagens das escrituras não apenas na sua dimensão histórica, mas também como grandes imagens, imagens estruturantes da nossa psique, da nossa existência, arquétipos diria Jung.
Parece-me que Jonas é o arquétipo que precisamos estudar quando queremos falar sobre liderança, porque ele nos indica sobre o nosso desejo inconsciente da normose: como resistimos a investir no nosso potencial máximo.
Até onde eu posso enxergar, existem 3 tipos de seres humanos:
- Aqueles que nascem e morrem piores do que nasceram - são os degenerados;
- Aqueles que nascem e morrem como nasceram - são os que mantiveram a saúde; e
- Aqueles que nascem e se tornam quem eles são, assim como uma flor se torna uma flor, uma mangueira se torna uma mangueira - são os que aceitaram o desafio da evolução.
Quando perguntaram para Krishnamurti - que foi um ser humano pleno! - “Por que você ensina?”, ele respondeu: “Por que um pássaro canta?”. Eu gosto muito da provocação e sempre lembro de Abrahan Maslow, um dos pais da psicologia humanística, que dizia: "Num certo sentido, apenas os santos são a humanidade”. O resto não deu certo. Quer saber o que é um ser humano? Estude os santos, não apenas os da tradição católica; também os da tradição hindu, taoísta, xamanística, da tradição sufi, todas as tradições; e os agnósticos também (os santos sem tradição). É preciso estudar seres humanos que deram certo. E aí, lembro-me sempre dessas palavras de Teresa de Calcutá: "Santidade não é um privilégio de poucos, é uma necessidade de cada um de nós". E digo mais; nesse momento é uma obrigação de cada um de nós! Acontece que projetamos o nosso potencial em algumas pessoas especiais, o que os antigos e o próprio Maslow chamavam de complexo de Jonas, que o Jean-Yves Leloup interpreta tão bem no seu livro "Caminhos da realização". Jonas, em hebraico, significa a pomba das asas cortadas. Jonas é esse ser que nos habita e que tem medo de ser quem ele é, que tem medo de atender ao chamado. Os antigos estudavam os personagens das escrituras não apenas na sua dimensão histórica, mas também como grandes imagens, imagens estruturantes da nossa psique, da nossa existência, arquétipos diria Jung.
Parece-me que Jonas é o arquétipo que precisamos estudar quando queremos falar sobre liderança, porque ele nos indica sobre o nosso desejo inconsciente da normose: como resistimos a investir no nosso potencial máximo.
CREMA, Roberto. Novo milênio, nova consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador. Anais... Salvador: Fundação Ocidemnte, 2006.
E aí, o que é um ser humano? Seremos um desses?
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domingo, 26 de setembro de 2010
UM "INTRUSO" NO NINHO
Aceitando ao convite de um amigo, fui comer um caruru. Tradicional no mês de setembro pelos adeptos do candomblé em homenagem aos Ibeji – São Cosme e São Damião, no sincretismo religioso.
Em princípio fiquei meio relutante em aceitar a gentileza. Cheguei a ensaiar algumas desculpas para uma provável ausência, mas como fui repreendido algumas vezes pelo autor do convite por frases como: “você nunca aceita nossos convites” ou mesmo “você é cheiro-mole!” *, resolvi comparecer nessa oportunidade e foi aí que começou a minha agonia.
Chegando ao local dos festejos, que também funciona como terreiro de candomblé, fui imediatamente ao encontro da dona da casa que, como sempre, me recebeu de braços abertos.
Subimos para a laje, que já tinha um público considerável. No centro do terreiro, um grande lençol branco, estendido no chão, acomodava alguns pratos bem cheios da comida da festa aguardando os espíritos que se “alimentariam” sobre o pano estendido. Não faziam dez minutos da minha presença na festa quando escutei, bem ao meu lado, um brado forte e agudo... – Êhh, iiiiihhhh, era a anfitriã sendo verdadeiramente tomada por uma entidade que atendia pelo nome de Crispina. Foi a deixa para as outras manifestações. Quando me dei conta já eram dez os médiuns manifestados.
Confesso ter ficado um tanto quanto assustado com tamanha quantidade de manifestações simultâneas e com o comportamento dos manifestados. Eram extremamente expansivos. Gritavam, pulavam, corriam, jogavam comida um no outro, brincavam com os convidados, agiam e se comunicavam como crianças entre três e sete anos de idade. Uma cena surreal para um estudante da doutrina codificada por Kardec e completamente adaptado à rigidez comportamental dos médiuns em transe que é pregada e, acima de tudo, cumprida na casa em que trabalho.
Por saber, desde o princípio, que aquilo tudo poderia acontecer e percebendo que eu era o único a não me divertir com todos aqueles acontecimentos, resolvi deixar, por alguns minutos, de ser um observador com certo conhecimento dos mecanismos das comunicações entre os dois mundos, material e espiritual, e passei a me comportar como um legítimo leigo no assunto, somente interessado nas caracterísiticas daquele fenômeno. A partir dessa decisão passei a entender o trecho de uma música que diz “Pra entender o erê, tem que tá moleque...”, ou seja, livres de qualquer idéia preconcebida sobre aquele “show”. Após essa acertada decisão consegui até dar umas risadas e observar a beleza dos rituais desta crença de matriz africana. Eu, como negro e baiano e espiritualista, não poderia me permitir um comportamento refratário.
Alguns minutos depois deixei o local e voltei para a minha realidade, o que me trouxe uma dúvida persistente até hoje que gostaria de compartilhar com você que está lendo. Passado o fenômeno, me pergunto: quem precisa mais de esclarecimentos acerca do assunto “comunicações espirituais”, os espíritos comunicantes, que ainda não conseguiram perceber o estágio que se encontram e, a partir daí, buscar uma compreensão mais aprofundada do progresso; o médium que, desconhecendo a beleza, a profundidade e a seriedade da faculdade mediúnica, se permite ser verdadeiro fantoche nas mãos desses irmãos desencarnados; ou eu, que não consegui entender a necessidade daquelas pessoas passarem por aquele momento?
(*) Indivíduo que não cumpre com o que promete.
Autor: Ivan Cézar
Gostaria da ajuda de vocês para compreender a diversidade das manifestações mediúnicas. Aguardo os comentários!
Em princípio fiquei meio relutante em aceitar a gentileza. Cheguei a ensaiar algumas desculpas para uma provável ausência, mas como fui repreendido algumas vezes pelo autor do convite por frases como: “você nunca aceita nossos convites” ou mesmo “você é cheiro-mole!” *, resolvi comparecer nessa oportunidade e foi aí que começou a minha agonia.
Chegando ao local dos festejos, que também funciona como terreiro de candomblé, fui imediatamente ao encontro da dona da casa que, como sempre, me recebeu de braços abertos.
Subimos para a laje, que já tinha um público considerável. No centro do terreiro, um grande lençol branco, estendido no chão, acomodava alguns pratos bem cheios da comida da festa aguardando os espíritos que se “alimentariam” sobre o pano estendido. Não faziam dez minutos da minha presença na festa quando escutei, bem ao meu lado, um brado forte e agudo... – Êhh, iiiiihhhh, era a anfitriã sendo verdadeiramente tomada por uma entidade que atendia pelo nome de Crispina. Foi a deixa para as outras manifestações. Quando me dei conta já eram dez os médiuns manifestados.
Confesso ter ficado um tanto quanto assustado com tamanha quantidade de manifestações simultâneas e com o comportamento dos manifestados. Eram extremamente expansivos. Gritavam, pulavam, corriam, jogavam comida um no outro, brincavam com os convidados, agiam e se comunicavam como crianças entre três e sete anos de idade. Uma cena surreal para um estudante da doutrina codificada por Kardec e completamente adaptado à rigidez comportamental dos médiuns em transe que é pregada e, acima de tudo, cumprida na casa em que trabalho.
Por saber, desde o princípio, que aquilo tudo poderia acontecer e percebendo que eu era o único a não me divertir com todos aqueles acontecimentos, resolvi deixar, por alguns minutos, de ser um observador com certo conhecimento dos mecanismos das comunicações entre os dois mundos, material e espiritual, e passei a me comportar como um legítimo leigo no assunto, somente interessado nas caracterísiticas daquele fenômeno. A partir dessa decisão passei a entender o trecho de uma música que diz “Pra entender o erê, tem que tá moleque...”, ou seja, livres de qualquer idéia preconcebida sobre aquele “show”. Após essa acertada decisão consegui até dar umas risadas e observar a beleza dos rituais desta crença de matriz africana. Eu, como negro e baiano e espiritualista, não poderia me permitir um comportamento refratário.
Alguns minutos depois deixei o local e voltei para a minha realidade, o que me trouxe uma dúvida persistente até hoje que gostaria de compartilhar com você que está lendo. Passado o fenômeno, me pergunto: quem precisa mais de esclarecimentos acerca do assunto “comunicações espirituais”, os espíritos comunicantes, que ainda não conseguiram perceber o estágio que se encontram e, a partir daí, buscar uma compreensão mais aprofundada do progresso; o médium que, desconhecendo a beleza, a profundidade e a seriedade da faculdade mediúnica, se permite ser verdadeiro fantoche nas mãos desses irmãos desencarnados; ou eu, que não consegui entender a necessidade daquelas pessoas passarem por aquele momento?
(*) Indivíduo que não cumpre com o que promete.
Autor: Ivan Cézar
Gostaria da ajuda de vocês para compreender a diversidade das manifestações mediúnicas. Aguardo os comentários!
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Ivan Cézar
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
A NORMOSE: A GRANDE PRAGA DO NOSSO TEMPO.
O normótico é aquela pessoa que não escuta, é aquela pessoa que está pensando só em si, é aquela pessoa que não se dá conta que tudo está ligado com tudo; que para diante de um semáforo e vê aquele bando de crianças perdidas e acha que isto não tem nada a ver com ele. Uns adolescentes matam: no Dia do Índio comemoramos o triste aniversário do mártir Galdino. Estes filhos de nossa sociedade não eram bandidos nem psicopatas, são nossos filhos; e o normótico acha que isto não tem nada a ver consigo; ele lê no jornal e se estiver tudo bem no seu canteirinho vai para sua vidinha de sempre... A grande praga do nosso tempo se chama normose. Nós estamos sendo uma espécie vivendo uma crise de quase extinção; quem diz isso são grandes cientistas que estão fazendo pesquisa de ponta, são as últimas declarações da UNESCO e do Clube de Roma. Mas o normótico não está nem aí quando se fala de problema atmosférico, quando se fala em buraco de ozônio, quando se fala no El Niño que não é mais um niño, já é um adolescente e vai continuar fazendo suas travessuras... O normótico acha que tudo isto não tem nada a ver com ele. O normótico pode chegar a ser um ministro, um governador, e... Tem normóticos muito bem sucedidos, e nunca assume a responsabilidade.
A normose é a patologia da normalidade e, como dizia Jung, "só aspira à normalidade o medíocre", porque nós não estamos aqui para a normalidade, nós estamos aqui para realizar uma semente, nós estamos aqui para trazer uma diferença, nós estamos aqui para liderar e se nós não somos líderes é porque nós nos perdemos, é porque ouvimos demais papai, mamãe, a sociedade, os professores e é porque nós nos conformamos. Portanto, para falar em liderança no século XXI, nós temos que nos perguntar quais são os líderes desse momento? Por que as ideologias naufragaram? O que é um líder? Eu compreendo que um líder é sobretudo uma pessoa que aprendeu a liderar a si mesmo: você lidera seus pensamentos, seus sentimentos, suas atitudes? Você é dono de sua própria casa? E isso nos traz ao coração dessa contradição da modernidade. Nos últimos séculos nós temos desenvolvido uma ciência, uma tecnologia fabulosas, espetaculares, maquininhas fantásticas! Porém, não houve o correlato desenvolvimento das dimensões psíquica, emocional, valorativa, ética, noética e o despertar espiritual.
Temos uma tecnologia e ciência incríveis, sem alma, sem coração, sem espírito, como uma espada de Dâmocles presa por um fio de cabelo sobre a cabeça da humanidade. Portanto, antes de falar sobre liderança é necessário perguntar: o que é o ser humano?
CREMA, Roberto. Novo milênio, nova consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador.
Você está se movimentando ou está vivenciando a "normose"??
A normose é a patologia da normalidade e, como dizia Jung, "só aspira à normalidade o medíocre", porque nós não estamos aqui para a normalidade, nós estamos aqui para realizar uma semente, nós estamos aqui para trazer uma diferença, nós estamos aqui para liderar e se nós não somos líderes é porque nós nos perdemos, é porque ouvimos demais papai, mamãe, a sociedade, os professores e é porque nós nos conformamos. Portanto, para falar em liderança no século XXI, nós temos que nos perguntar quais são os líderes desse momento? Por que as ideologias naufragaram? O que é um líder? Eu compreendo que um líder é sobretudo uma pessoa que aprendeu a liderar a si mesmo: você lidera seus pensamentos, seus sentimentos, suas atitudes? Você é dono de sua própria casa? E isso nos traz ao coração dessa contradição da modernidade. Nos últimos séculos nós temos desenvolvido uma ciência, uma tecnologia fabulosas, espetaculares, maquininhas fantásticas! Porém, não houve o correlato desenvolvimento das dimensões psíquica, emocional, valorativa, ética, noética e o despertar espiritual.
Temos uma tecnologia e ciência incríveis, sem alma, sem coração, sem espírito, como uma espada de Dâmocles presa por um fio de cabelo sobre a cabeça da humanidade. Portanto, antes de falar sobre liderança é necessário perguntar: o que é o ser humano?
CREMA, Roberto. Novo milênio, nova consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador.
Você está se movimentando ou está vivenciando a "normose"??
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Roberto Crema
domingo, 5 de setembro de 2010
UMA CRISE ABENÇOADA: A CRISE DA CRISÁLIDA
Nós vivemos uma crise abençoada, é uma crise que nos desperta, graças a Deus e graças à dor. A crise tem uma dimensão instrutiva e é, sempre, uma oportunidade de aprendizagem, de evolução, de crescimento. Somos muito privilegiados porque essa é uma grande crise, talvez uma crise sem precedentes na história da humanidade conhecida. Eu não sei se vocês têm agradecido todos os dias por existir nesse momento: é um momento de passagem e aquilo que para algumas pessoas distraídas é a morte da lagarta, para as pessoas mais atentas é o nascimento da borboleta e é, por isso, que eu gosto de denominar essa crise de Crise da Crisálida. E, como diz um grande amigo e mestre, Jean Yves Leloup, “não é esmagando a lagarta que faremos nascer a borboleta”. Nós somos transeuntes, passageiros de um tempo de transmutação, transmutação consciencial, transmutação dos nossos valores, dos nossos conceitos e das nossas atitudes. E todos nós somos convocados para ser aquilo que nós somos. Todos somos líderes natos; todas as pessoas que eu conheci na minha existência, todas, foram e são líderes. (...) Vivemos um tempo absurdo, onde perdemos a escuta. Alguém perguntou a um índio de 101 anos, um Xamã, um Pajé americano:
- O que você faz? Ele disse:
- Eu ensino meu povo.
- O que você ensina?
- Quatro coisas, ele respondeu: Primeiro, a escutar;
- Segundo: que tudo está ligado com tudo;
- Terceiro: que tudo está em transformação;
- Quarto: que a terra não é nossa, nós é quem somos da terra.
Tudo começa pela escuta. Se você não tem escuta, a crise o que é? É um azar! E você vai sucumbir porque a única crise intolerável é aquela para a qual você não tem nenhum sentido para dar; é aquela que você não interpretou e para interpretar é preciso ter uma escuta. Quando Salomão podia ter pedido tudo, ele pediu um coração que escuta e tudo o mais lhe foi acrescentado. “Eu ensino meu povo a escutar”. As escolas deixaram de ensinar os alunos/aprendizes a escutar. Isso é triste! Nestes tempos sombrios que nós vivemos, talvez esse seja o lado pelo menos que mais me leva a indignar e, também, a chorar: saber que um pé de alface em qualquer horta é melhor tratado do que os meus filhos, os seus filhos estão sendo tratados nas escolas. Você pode imaginar um horticultor exigindo de todos os seus organismos vegetais o mesmo desempenho? Você pode imaginar um horticultor comparar um tomate com um pepino e desejar que um seja como o outro, apresente o mesmo resultado? Vocês podem imaginar um jardineiro exigir de todos os organismos da biodiversidade de um jardim o mesmo currículo? Isso é um absurdo. Vocês percebem onde nós jogamos na lata de lixo nosso potencial inato de liderança, de maestria? ( ...) O grande problema nesse momento é o que nós na UNIPAZ chamamos de normose.
CREMA, Roberto. Novo milênio, nova consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador.
Concordam com Roberto Crema? Podemos discutir um pouco sobre o assunto?
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Roberto Crema
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
NÃO ENTENDO
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completo quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma bênção estranha, como ter loucura sem ser doido.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Texto: Clarice Lispector
Colaboração: Jorge Amaral (muito obrigado, Jorge!)
Será que a eterna busca pelo entendimento das coisas, às vezes, não pode nos aprisionar aos velhos paradigmas? O que acham?
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Clarice Lispector
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Pensamento de Cecília Meireles
“Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim”.
Cecília Meireles
Texto enviado através de e-mail por Jorge Amaral.
Vamos discutir sobre as nossas janelas?
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Cecília Meireles
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
O homem: sua origem e evolução.
Uma das características humanas é a capacidade de questionar e refletir, buscar respostas aos desafios e aos enigmas que surgem em nossa mente. O dar-se conta do desconhecido deve ser impulso que conduz à tentativa de se ampliar o horizonte, que possibilite uma nova visão sobre a sua existência e o seu destino. Neste valioso texto, especialmente útil para aqueles que desejam iniciar uma investigação sobre a origem e a evolução do homem, Sri Ram, com sua habilidade de enfatizar o essencial, analisa diversos pontos fundamentais presentes na literatura teosófica.
De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?
Esse enigma inquietante é um mistério a ser resolvido. Na perspectiva da filosofia esotérica o homem é um microcosmo, uma Mônada Divina que reflete as potencialidades do Todo Universal. O homem é um peregrino espiritual, um anjo caído, que traz consigo o Fogo do Céu. Como disse o filósofo Heráclito, ele é um “deus mortal”, que se projetou na matéria e perdeu a percepção de que é um Espírito (Atman). Mas na sua totalidade, além de uma forma e um espírito, o homem também é um ser mental. Por isso é importante visualizarmos como ocorre o processo da evolução, nestes três níveis: material, mental e espiritual. Como é destacado, o estudo da natureza sutil e dos “princípios do homem” é fundamental para se entender como a consciência expressa-se no mundo. O processo da evolução e a busca do aperfeiçoamento está relacionada com a existência de uma mente lúcida e purificada, que entra em sintonia com a Realidade que está presente em nós. O homem precisa reencontrar sua integridade original, recuperar sua natureza holística. Voltar a ver a si mesmo como uma parte o processo cósmico do Grande Uno.
Fonte: SRI RAM, N. O homem sua origem e evolução. Brasília: Teosófica, 1991.
E você, quem é? De onde veio? Para onde vai?
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N. Sri Ram
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Fragmento do livro "Mensagens que te foram ocultadas."
A Natureza tudo possui. E a inspiração para outras coisas maravilhosas, ainda desconhecidas, nos será oferecida de acordo com o nosso merecimento, e a medida que formos observados, trabalhando e respeitosamente estudando suas Leis. Mas a sua parte aperfeiçoada precisa vir a nós, e por isso não podemos poupar esforços para atraí-la ou marcharmos para Ela, escalando os simbólicos degraus da escada do aperfeiçoamento, que neste caso são representados pelo conhecimento de cada Lei. Ela nos chama constantemente, porém exige o nosso aperfeiçoamento, dado que a humanidade, imperfeita como é, se chegasse até Ela de um salto, certamente não se adaptaria e o desastre seria fatal.
A fé contribui para nos elevarmos, contudo, para abreviarmos o caminho e chegarmos mais rápido, torna-se indispensável a reforma dos costumes, que só pode ser conseguida pela interpretação de suas Leis.
As religiões foram e ainda serão necessárias, porque serve de freio para a ignorância humana; todavia, elas devem ser escolhidas conforme o grau de evolução de cada um. Entretanto, todas tendem a desaparecer lentamente com o progresso e a evolução, ficando apenas uma única e verdadeira, baseada nas Leis cientificas Divinas que tudo esclarecem.
A inteligência é Divina. A cultura e a sabedoria que muito esclarecem, são atraídas da inteligência pela aplicação, esforço e raciocínio. Mas, a sabedoria da humanidade ainda é especializada, motivo porque não se esclarece tudo.
[...]
Para a sabedoria completa não há mistério e, por isso, encontramos entre na humanidade sábios analfabetos, procurando aperfeiçoar a sua sabedoria. Os seres humanos de conhecimentos medíocres, porem de grande sagacidade e que tudo interpretam com facilidade, são possuidores de cultura anterior que permanece em estado latente e que poderá ser despertada a qualquer momento, se aprouver a Deus.
A humanidade ainda é ignorante e obstinada, mas evoluirá lentamente e inevitavelmente por exigência das Leis, que são estabelecidas para nos levar ao progresso e a perfeição. A parte endurecida e convencida de seu poder individual, a Natureza facilita maior poder, riqueza e autoridade, predicados estes que, se não forem controlados levam aos excessos, que automaticamente atraem o sofrimento e a dor, para obrigar o ser humano a meditação, análise, raciocínio e respectiva evolução.
A luz também é Divina e vem pela sabedoria e pela perfeição; e, no dia em que a humanidade chegar a ser sábia e perfeita, possuirá a sua própria Luz.
Autor: Pedra Rocha (25/12/1947)
Colaboração: Geovani Oliveira
O que acharam da mensagem? Opinem...
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Pedra Rocha
quinta-feira, 15 de julho de 2010
A reflexão
“Nós já dialogamos naturalmente com Deus, através da oração. Rezar é quebrar o silêncio. E a necessidade de reconhecer e ser reconhecido. Rezar é o som criado pelo mais profundo de nossos sentimentos.
Eu não estou falando apenas das preces formais que costumamos dizer na igreja ou no quarto, antes de dormir. Eu falo daqueles vestígios, fragmentos de oração que as pessoas usam, mesmo dizendo que não acreditam em nada, sem sequer se darem conta de que estão rezando. Algo inesperado acontece, e as pessoas dizem ‘Meu Deus!’, ou então, ‘Nossa Senhora!’, e ali está uma prece, muitas vezes escondida, proferida com vergonha, medo do ridículo, escondida sob a forma de blasfêmia.
A oração é um instinto humano de se abrir naquilo que tem de mais profundo. É impossível evitar este instinto. De uma maneira ou de outra, todas as pessoas rezam e rezaram deste o início dos tempos”.
Autor: Frederick Buechner
Você tem conversado com Deus de que forma?
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Frederick Buechner
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Toques do Preto–Velho
Lá nos planos sutis, aonde vocês muitas vezes vão quando dormem, mas ao acordarem não se lembram, existe uma grande família espiritual a lhes esperar, velar e torcer por vocês. Quebrem a barreira vibracional com sentimentos e pensamentos elevados, levando seus corações até eles. Mate a saudade espiritual que existe dentro do seu peito. Deixe a intuição fluir. Os guias espirituais não são mestres intocáveis que vocês devem reverenciar, mas sim, são amigos de jornadas. Conheça - os, converse com eles, trabalhem juntos, mas sorriam e brinquem juntos também. Eles estão te esperando.
Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Vocês sabem disso. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para “incrédulo ver”. Outros pensam que é se vestir todo com uma fantasia, “virar os olhos” e “rebolar” bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar em parceria com os amigos do lado de cá para o bem de todos, apenas isso. Vocês complicam muito as coisas. Na verdade tudo é muito simples. Pense na manifestação das criancinhas durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?
Parem de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Você pode até não concordar, mas caso para ele faça sentido, deixe. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e por isso mesmo vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua! Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas o que realmente conta é o seu dia-a-dia, como pessoa comum, passando pelo crivo do grande mestre que é a vida. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relação a humildade, tolerância e amor.
Fazer caridade é muito bom. Se alem disso buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica de Natal ao desencarnar será “salvo”. Outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiam nessa bobagem. Saibam que, em verdade, ao auxiliar os outros vocês ajudam a si próprios. E quando fizer a caridade, também não apenas dê o peixe, ensine as pessoas a pescarem. “Caridade de consolação” ergue a pessoa, mas depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná-la a andar, com a “caridade de esclarecimento”. Pensem nisso! Caridade faça sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o irmão. Esclarecimento leve a todos os lugares, fazendo a sua aura brilhar e contagiando as pessoas com alegria e vontade de viver.
Trabalho em grupo é coisa séria, deve haver amizade, alegria, mas não é reunião social. Os guias escutam os seus pensamentos e não estão nada interessados em suas preferências físicas, nem em suas “paqueras” dentro do grupo, nem dão importância a isso. Tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro do mesmo. Um trabalho espiritual em grupo é uma benção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. Aproveitem bem! Existe um montão de mestres esperando por vocês desse lado, mas muitas vezes eles não conseguem lhes amparar, afinal vocês não param de pensar no “vizinho”, ou como a vida é difícil e injusta com vocês…
Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiram fazer um ritual a algum Deles, tudo bem. Mas lembrem-se sempre: Vela acesa só tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!
A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas antes, suas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes, caso contrário, é desperdício de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bem quisto pela espiritualidade, mas não se perca no meio de muitos rituais e elementos e esqueça o essencial. O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a sua mente. Lembrem - se disso.
Não sejam espiritualistas pela metade. Durante o dia vocês ficam pensando em espiritualidade, mas ao dormir, que é a grande hora onde o espírito se liberta do corpo físico, vocês não pensam em nada, ficam com preguiça e logo suas mentes são invadidas por um monte de coisas, adormecendo na mais perfeita desordem. No mínimo orem ao deitar-se. Agradeçam o dia, coloquem-se à disposição do aprendizado, aproveitem as horas de sono. Elas são chaves de acesso ao crescimento espiritual. Meditem nisso.
Eu sou um preto-velho. Pouco importa minha forma ou meu nome. O que importa é que eu sou luz, como vocês e todos nós, filhos da Grande Luz. O sol brilha em meu coração, no seu e em toda humanidade. Você ainda tem preconceito em relação a raças? A culturas diferentes? Religião? E julgam-se espiritualistas? Ora amigo, deixe disso! Lembre–se: todos viemos da mesma fôrma. Eu tenho apenas uma palavra para descrever o preconceito: ignorância!
Ignorância também são as paredes e preconceitos religiosos. Todos os mestres da humanidade pregaram o desprendimento, mas o que os seus seguidores mais fazem é ter o sentimento de posse em relação a Eles. E lá se vão guerras, ofensas e desarmonia entre uma religião e outra. E lá se vão discussões infindáveis entre doutrinas diferentes. Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que seu caminho é melhor do que dos outros, não é mesmo? Façam um favor à humanidade, meus filhos: vão voando nas asas do universalismo ecumênico! E parem com essas bobagens…
Do lado de cá nós adoramos música. Ela rejuvenesce a alma, acorda o coração e desperta a intuição. Aproveitem as músicas de qualidade. Elas são ótimas e verdadeiro brilho e alimento para vossos espíritos. Também escutem a música que os espíritos superiores cantam secretamente dentro do coração de cada um. É a música da Criação, ela está em todos, mas só pode ser escutada quando a mente silencia e o coração brilha. Pensem nisso!
Pensem também na natureza. Coloquem uma música suave. Direcionem-se mentalmente a um desses sítios sagrados, verdadeiros altares vivos do amor de Deus. Pensem na força curativa das matas, na força amorosa e pacificadora das cachoeiras, da limpeza energética que o mar traz ao espírito. Meditem neles. Isso traz sintonia, reciclagem energética e boa disposição. Façam isso por vocês e fiquem bem!
Por fim, dediquem-se mais ao autoconhecimento. Ele é muito importante. E um dia, mesmo que isso demore milênios, vocês se conhecerão tanto que realmente descobrirão sua natureza divina. Nesse dia, as cortinas da ilusão se abrirão e você verá o universo a sua frente. Não existirá mais Orun (céu) nem Ayê (mundo material). Nem eu nem você. Apenas Ele… Pai e Mãe dentro de nós mesmos!
Um Grande abraço
Autores: Pai Antônio de Aruanda (espírito) e Fernando Sepe (médium)
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Fernando Sepe
terça-feira, 29 de junho de 2010
Autoconhecimento e modificação interior
Os estudos sobre o autoconhecimento não é uma temática nova. Desde muitos séculos atrás, principalmente na Grécia antiga, verificamos a busca do homem pelo conhecimento do seu ser interior, independente do nome que se dê a este ser. Como citado por Camargo (2004, p. 19) “os filósofos gregos acreditavam que o objetivo mais elevado do ser humano era conhecer a si próprio”.
Estes pensadores da antiguidade, como Sócrates (469 – 399 a. C.), e até precendentes deste, já buscavam acalmar a inquietude em relação ao tema e nos trouxeram contribuições importantes que mais tarde foram utilizadas como referência por outros pensadores e por boa parte das religiões espiritualistas, como podemos observar em Kardec (2004, p. 355) vamos encontrar o seguinte trecho sobre o assunto “qual é o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal? – Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.” Uma clara referência ao filósofo grego, citado acima, na instrução do oráculo de Delfos.
Se o assunto não é nenhuma novidade, é de se estranhar o motivo pelo qual ainda não conseguimos, na maioria, perceber que seremos capazes de modificar as nossas relações com o universo quando dermos a devida atenção ao que somos e ao que queremos ser.
De acordo com as nossas vivências pessoais, nossas experiências, nossos aprendizados, quando alcançamos a maturidade, independente da idade cronológica que tenhamos, para o entendimento correto da nossa missão conosco e com o próximo, mais nos aproximamos da necessidade de reconhecer quem realmente somos, quais os nossos vícios e as nossas virtudes, quais aspectos do nosso ser interior precisam ser melhorados ou desenvolvidos e o que precisamos fazer aflorar e o que deve permanecer em estado latente e, mais tarde, ser tratado de forma diferenciada.
Na contribuição de Novaes (2000, p. 45) verificaremos a seguinte afirmação em acordo com o exposto acima:
“somos mais do que imaginamos e percebemos que somos. Temos mais capacidades do que acreditamos que possuímos. Mesmo as pessoas que ainda se encontram no início de sua caminhada evolutiva, possuem esse sentido interior de crescimento, portanto a potencialidade de realizá-lo”.
Diante de tal afirmação, percebemos que as nossas potencialidades, declaradas ou latentes, estão localizadas no nosso ser espiritual. A necessidade de evolução do ser está diretamente ligada às nossas percepções. O caminho parece estar na descoberta dos nossos métodos individuais de aplicar/desvelar estas capacidades. O conhecimento de si é de importância sine qua non para que possamos ser os reais condutores da nossa existência, sabendo aproveitar o que possuímos de virtuoso para nós e para o próximo.
Autoconhecer-se não é um processo feito de um dia para o outro, num estalar de dedos. Não dormimos como um ser e acordamos no dia seguinte sendo outro. Numa conceituação de Novaes (2000, p. 65), veremos que “o autoconhecimento é o conhecimento de si mesmo, isto é, de como se pensa, se sente as emoções e se reage frente ao mundo”. Neste processo não há passe de mágica. Temos todos um tempo específico e individual, nesta ou em outra existência, em que despertamos para esta necessidade e passamos a colocar em prática quando assim acontece.
Sobre o autoconhecimento, mais uma vez Novaes (2000, p. 50) nos informa que “o conhecer a si mesmo é um processo que sempre foi entendido como de busca da percepção da própria natureza do ser humano e do que se é em essência”. Podemos, após uma análise inicial, nos perguntar: o que somos em essência? A razão e a verificação feita do termo espiritualidade nos direcionam a entender que somos espíritos/individualidades imperfeitos em busca da evolução e do alcance da felicidade e, a partir daí, entender o próximo, nos auxiliando na percepção da nossa existência infinita.
Devemos, caso a nossa intenção seja saber quem verdadeiramente somos, estar preparados para o conflito. Não o conflito com o outro, mas um conflito ainda mais difícil: o interior. O conflito com a nossa essência. Este sentimento de desordem talvez seja a principal ferramenta que podemos utilizar na nossa transformação. Em Franco (1993, p. 49) vamos verificar que “o homem possui admiráveis recursos interiores não explorados, que lhe dormem em potencial, aguardando o desenvolvimento”. Na administração dessas transformações, devemos permanecer em constante estado de alerta, a fim de não perder a chance de potencializar o que temos de bom e buscar modificar o que trazemos de não tão bom assim.
Importante salientar que neste processo é primordial o reconhecimento das nossas emoções, buscando impedir a utilização destas de forma inadequada, evitando que tomemos atitudes provinientes dos processos inconscientes, o que pode gerar consequências não mensuradas. Encontrar conosco é, em verdade, um grande risco, pelo fato de nos oferecer a possibilidade de aceitar os nossos problemas e decidir pela mudança, ou continuar se escondendo atrás de máscaras da personalidade, se escondendo de si próprio.
Nas abordagens vistas, percebemos que o autoconhecer nos leva a uma profunda reflexão sobre a nossa personalidade, ao encontro com a psiquê, tendo uma relação direta e firme com o (re)conhecimento das nossas falhas e o aprendizado sobre quem realmente somos, facilitando a nossa relação conosco e, consequentemente, com o próximo. No nosso interior é que está guardada a oportunidade de modificações para as nossas relações com o todo universal, razão desta busca desenfreada recente pela espiritualidade e o autoconhecimento, basta que saibamos buscar dentro de nós, e em momento oportuno, faciltando a relação mais intima com a tríade: Deus, Natureza e Homem.
Autor: Ivan Cézar
Referências:
- CAMARGO, Jason. Educação dos sentimentos. Porto Alegre: Letras de luz, 6ª ed, 2004
- FRANCO, Divaldo. O homem integral. Salvador: ed Alvorada. 4ª ed, 1993.
- KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Araras, SP: editora IDE, 154ª ed, 2004. Tradução Salvador Gentile.
- NOVAES, Adenáuer. Psicologia e espiritualdiade. Salvador: FLH, 2ª ed, 2000
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Ivan Cézar
domingo, 20 de junho de 2010
Qual o significado de espiritualidade?
Atualmente verificamos uma gama muito grande de publicações voltadas para o termo espiritualidade. Através das religiões orientais, segundo Hardy (1987), vemos a ênfase na percepção da espiritualidade imanente, que é sentida por meio da interação com o Deus interior e na qual todo momento e todo contexto contêm possibilidades espirituais. Fala-se ainda em espiritualidade nas organizações, nos lares, espiritualidade e autoajuda, espiritualidade no trato com o próximo e consigo mesmo e nos perguntamos: O que realmente significa espiritualidade? Para ser um indivíduo espiritualizado, preciso aderir a uma religião?
Numa definição inicial sobre os questionamentos, Hill e Pargament (2003), nos informam que a espiritualidade "está ligada aos aspectos pessoais e subjetivos da experiência religiosa e a uma busca pelo sagrado", processo através do qual as pessoas procuram descobrir e, em alguns casos, transformar aquilo que têm de sagrado em suas vidas.
Verificamos que neste conceito, os autores ligam a espiritualidade a uma experiência religiosa, o que não significa a necessidade de aderir a uma religião formal, mas a compreensão efetiva do termo.
Maugans (1996, p. 11) diz que o termo pode ser definido como “um sistema de crenças que enfoca elementos intangíveis, que transmite vitalidade e significado a eventos da vida.”.
Reed (1991, p. 14) confirma a afirmação anterior dizendo que “a espiritualidade é a propensão humana para encontrar um significado para a vida através de conceitos que transcendem o tangível, um sentido de conexão com algo maior que si próprio, que pode ou não incluir uma participação religiosa formal.”
E o que nos impulsiona nesta busca, o que nos faz compreender a espiritualidade através de um sentimento intrínseco e absolutamente particular? Laabs (1995, p. 60), entende que a espiritualidade diz respeito ao fato de “todas as pessoas terem dentro de si próprias um determinado nível de verdade e de integridade, e de todos nós termos o nosso próprio poder divino.” E é este poder divino que nos movimenta na busca pela perfeição do ser interior que trazemos de forma inata dentro de nós.
Espiritualidade está ligada a sentimentos como caridade, amor ao próximo e a si mesmo, senso de benevolência e amparo ao necessitado. Presume-se que indivíduos com espiritualidade acentuada são mais cientes do significado que conferem à vida, assim como mais “fortes” e perseverantes (SANDERS III, HOPKINS & GEROY, 2003).
Importante salientar que todas essas definições foram dadas por escritores da área acadêmica, o que nos confirma o interesse geral pelo tema e a sua importância para o futuro da nossa existência.
O processo de busca interior pela espiritualização, segundo Novaes (2000, p. 26), “requer envolvimento num processo de reconhecimento e percepção de si mesmo na condição de espírito imortal. Nesse processo é fundamental a autoanálise e a compreensão dos estágios em que nos encontramos em relação às várias dimensões da própria vida”.
Após breve análise das contribuições, verificamos que a busca pela espiritualidade não necessita de nenhum culto (procedimento) externo. Não há, necessariamente, que se aderir a alguma religião de conceitos dogmáticos ou cumprir a algum paradigma.
Ross (1995) definiu a dimensão espiritual como dependendo de três componentes, revelados nas necessidades de encontrar significado, razão e preenchimento na vida; de ter esperança/vontade para viver; e de ter fé em si mesmo, nos outros ou em Deus.
Espiritualidade tem ligação direta com a busca interior pelo sentido da existência, pelo sentido da nossa passagem por este planeta e a forma como aproveitamos as nossas experiências e reparamos os eventuais erros cometidos no meio do caminho para que, desta forma, possamos estar cada vez mais conectados com o nosso ser interior e buscar a aproximação com o princípio criador das nossas vidas.
Autor: Ivan Cézar
Referências:
FAIRHOLM, G. W. Spiritual leadership: fulfilling whole-self needs at work. Leadership and Organization Development Journal, v. 17, n.5, p. 11-17, 1996.
HARDY, J. A Psychology with a soul: psychosynthesis in evolutionary context. London: Woodgrange Press, 1987.
HILL, P. C.; PARGAMENT, K. I. Advances in the conceptualization and measurement of religion and spirituality. American Psychologist, Boston, p. 64-74, 2003.
LAABS, J. J. Balancing spirituality and work. Personnel Journal, 74(9), 60-62.
MAUGANS, TA. The spiritual history. Arch Fam Med 1996.
NOVAES, Adenáuer. Psicologia e espiritualdiade. Salvador: FLH, 2ª ed, 2000
REED, P. Spirituality and mental health in older adults: extant knowledge for nursing. Fam Community Health 1991.
SANDERS III, J. E.; HOPKINS, W. E. & GEROY, G. D. From transactional to transcendental: Toward and integrated theory of leadership. Journal of Leadership and Organizational Studies.
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Ivan Cézar
domingo, 13 de junho de 2010
Qual é o momento certo?
Sinto certo incômodo ao perceber que, com o passar dos anos, se torna uma tendência, quando se trata da transformação moral pela qual passaremos todos, mais cedo ou mais tarde, o retardo na nossa caminhada e a fácil aceitação dos percalços que encontramos por esses caminhos tortuosos da existência.
Nestas horas, acompanhando este desconforto, surgem questionamentos como: Existe um momento exato para a nossa transformação moral? Se existe, onde ele está? Como podemos ir ao seu encontro?
Estagnamos na nossa caminhada evolutiva e, como justificativa para essa interrupção, normalmente, utilizamos o termo “momento”.
Na nossa inércia, a impressão que fica é que dificilmente encontraremos a hora da modificação interior, do autoburilamento, da modificação moral proposta pelo mestre Jesus e corroborada pela doutrina kardequiana. Utilizamos o termo como se fosse um muro intransponível entre nós e o nosso ser interior em busca da perfeição. Como já nos orientou um sábio do passado “somos os artífices dos nossos destinos” e nesta oficina de trabalho a principal ferramenta que possuímos é o livre-arbítrio, que classifico como a maior bênção que poderíamos ter recebido do Criador para o nosso processo reencarnatório. É através do livre-arbítrio que podemos, e devemos, mudar, para melhor, os nossos caminhos.
A inteligência universal quando nos presenteou com este atributo me parece que tinha como intenção que buscássemos, em nós mesmos, a capacidade de optar pelas experiências mais enriquecedoras para a nossa existência, não unicamente o melhor para uma passagem momentânea - o que são 60 ou 70 anos de vida comparado com a eternidade? - mas o que essas opções que tomamos hoje podem refletir mais adiante no nosso aprimoramento em busca da felicidade.
A divergência encontrada no termo “momento” passa por um processo de autoconhecimento, o qual requer a aceitação dos nossos vícios e das nossas fraquezas, contudo, requer inclusive, o reconhecimento das nossas virtudes buscando potencializá-las para que mais tarde essas nossas falhas morais comecem a desaparecer aos poucos, de acordo como nosso trabalho e merecimento.
Tivemos muitos exemplos, em vários momentos da história, que nos servem como referência nesse processo de conversão moral. O impulso, em determinada ocasião, pode até ser externo, porém o trabalho é feito de forma intrínseca, buscando, como dito anteriormente, nas nossas virtudes o sustento que nos revigora e sustenta na tentativa da transposição deste alto e imponente muro da inação.
O espiritismo, codificado por Kardec há mais de 150 anos, nos propõe um despertar em totalidade, nos convidando a transformação moral que é o verdadeiro processo libertador.
Nas obras da parceria entre Divaldo e Joanna, dentre outras, vamos perceber que depende somente das nossas forças essas modificações morais que vão nos libertar do jugo das vaidades.
Entendemos, perfeitamente, que a vida é feita de momentos que surgem e que passam. De momento que marcam mais ou menos. Momentos de felicidade e de tristeza, mas não podemos interpretar essa palavra de forma equivocada, obstruindo a passagem da charrua da elevação espiritual.
O momento de decisão requer que estejamos firmes nos nossos propósitos. Assim como na vida, quando decidimos casar, quando decidimos ter filhos, requer absoluta certeza de que é realmente a nossa vontade. Não podemos hesitar na nossa decisão para que um pequeno acúleo não se transforme em arma dilacerante.
Na nossa modificação interior funciona de forma parecida. Vamos identificar o nosso principal vício, a essa altura já devemos ter descortinada essa fraqueza, e buscar batalhar, dia após dia, para vencê-lo, tendo como grande arma a nossa vontade de crescer. Nesta árdua tarefa teremos sempre ao nosso lado os mentores espirituais, enviados do Cristo, sempre a postos para nos auxiliar no que for necessário. Importante ressaltar que os espíritos não resolverão os nossos problemas. Certamente ajudarão, mas a solução depende somente de nós.
Precisamos parar de nos esconder atrás do muro do momento, observando a nossa vida através de fendas, e começar, agora mesmo, a fazer um amanhã diferente, baseado na nossa modificação interior. Temos todas as ferramentas necessárias, basta somente que tenhamos a vontade de mudar e este sim é o grande desafio.
Jogar as máscaras no chão, aceitar quem realmente somos e mudar o que for necessário para que tomemos as rédeas da nossa evolução. Este, acredito eu, parece ser o grande desafio do “momento”.
Nestas horas, acompanhando este desconforto, surgem questionamentos como: Existe um momento exato para a nossa transformação moral? Se existe, onde ele está? Como podemos ir ao seu encontro?
Estagnamos na nossa caminhada evolutiva e, como justificativa para essa interrupção, normalmente, utilizamos o termo “momento”.
Na nossa inércia, a impressão que fica é que dificilmente encontraremos a hora da modificação interior, do autoburilamento, da modificação moral proposta pelo mestre Jesus e corroborada pela doutrina kardequiana. Utilizamos o termo como se fosse um muro intransponível entre nós e o nosso ser interior em busca da perfeição. Como já nos orientou um sábio do passado “somos os artífices dos nossos destinos” e nesta oficina de trabalho a principal ferramenta que possuímos é o livre-arbítrio, que classifico como a maior bênção que poderíamos ter recebido do Criador para o nosso processo reencarnatório. É através do livre-arbítrio que podemos, e devemos, mudar, para melhor, os nossos caminhos.
A inteligência universal quando nos presenteou com este atributo me parece que tinha como intenção que buscássemos, em nós mesmos, a capacidade de optar pelas experiências mais enriquecedoras para a nossa existência, não unicamente o melhor para uma passagem momentânea - o que são 60 ou 70 anos de vida comparado com a eternidade? - mas o que essas opções que tomamos hoje podem refletir mais adiante no nosso aprimoramento em busca da felicidade.
A divergência encontrada no termo “momento” passa por um processo de autoconhecimento, o qual requer a aceitação dos nossos vícios e das nossas fraquezas, contudo, requer inclusive, o reconhecimento das nossas virtudes buscando potencializá-las para que mais tarde essas nossas falhas morais comecem a desaparecer aos poucos, de acordo como nosso trabalho e merecimento.
Tivemos muitos exemplos, em vários momentos da história, que nos servem como referência nesse processo de conversão moral. O impulso, em determinada ocasião, pode até ser externo, porém o trabalho é feito de forma intrínseca, buscando, como dito anteriormente, nas nossas virtudes o sustento que nos revigora e sustenta na tentativa da transposição deste alto e imponente muro da inação.
O espiritismo, codificado por Kardec há mais de 150 anos, nos propõe um despertar em totalidade, nos convidando a transformação moral que é o verdadeiro processo libertador.
Nas obras da parceria entre Divaldo e Joanna, dentre outras, vamos perceber que depende somente das nossas forças essas modificações morais que vão nos libertar do jugo das vaidades.
Entendemos, perfeitamente, que a vida é feita de momentos que surgem e que passam. De momento que marcam mais ou menos. Momentos de felicidade e de tristeza, mas não podemos interpretar essa palavra de forma equivocada, obstruindo a passagem da charrua da elevação espiritual.
O momento de decisão requer que estejamos firmes nos nossos propósitos. Assim como na vida, quando decidimos casar, quando decidimos ter filhos, requer absoluta certeza de que é realmente a nossa vontade. Não podemos hesitar na nossa decisão para que um pequeno acúleo não se transforme em arma dilacerante.
Na nossa modificação interior funciona de forma parecida. Vamos identificar o nosso principal vício, a essa altura já devemos ter descortinada essa fraqueza, e buscar batalhar, dia após dia, para vencê-lo, tendo como grande arma a nossa vontade de crescer. Nesta árdua tarefa teremos sempre ao nosso lado os mentores espirituais, enviados do Cristo, sempre a postos para nos auxiliar no que for necessário. Importante ressaltar que os espíritos não resolverão os nossos problemas. Certamente ajudarão, mas a solução depende somente de nós.
Precisamos parar de nos esconder atrás do muro do momento, observando a nossa vida através de fendas, e começar, agora mesmo, a fazer um amanhã diferente, baseado na nossa modificação interior. Temos todas as ferramentas necessárias, basta somente que tenhamos a vontade de mudar e este sim é o grande desafio.
Jogar as máscaras no chão, aceitar quem realmente somos e mudar o que for necessário para que tomemos as rédeas da nossa evolução. Este, acredito eu, parece ser o grande desafio do “momento”.
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Ivan Cézar
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